AMAZONAS – O senador da bancada amazonense, Omar Aziz (PSD-AM), um dos indicados para integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar as possíveis omissões do governo federal no combate à pandemia da Covid-19, responsabilidades de autoridades e mal uso de recursos públicos na pandemia, é investigado por desvios de recursos para a área da saúde quando ele foi governador do Amazonas.
Em 2016, Omar Aziz foi alvo da Operação Maus Caminhos, realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), cujo objetivo era apurar o desvio de cerca de R$ 260 milhões da saúde do Estado por meio de contratos firmado com o governo do estado do Amazonas.
Investigação
O Senador é investigado porque, quando ele era governador, parte desses contratos foi firmada e um relatório parcial da Polícia Federal (PF), o da Operação Vertex, um desdobramento da Maus Caminhos, cita seu nome pelo menos 256 vezes em 257 páginas.
“Os indícios da atuação de OMAR AZIZ para a criação e manutenção da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos são robustos e permeiam toda a investigação”, diz trechos do documento.
Também há indícios de que o atual senador tenha recebido propina: “XXXX diz que, após o início das atividades da OS, o valor que deveria ser entregue a OMAR AZIZ era de 500 mil reais. Esse valor era entregue toda vez que a OS ia recebendo do Estado do Amazonas e que os valores eram entregues de forma fracionada. XXXX já realizou entrega de parte do valor destinado a OMAR. AZIZ para funcionários do Senador.”
Os autos chegaram a ser encaminhados para o Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do fato de Aziz ser senador, mas o novo entendimento da corte sobre foro privilegiado fez com que, em junho de 2018, retornassem ao Amazonas. A investigação contra o senador atualmente está na Justiça Federal do Amazonas. Ainda não há decisão da Justiça no processo.
Em conversa com a CNN , o advogado do parlamentar, Simonetti Neto, disse que o relatório feito pela Polícia Federal, “é uma peça de ficção, uma obra literária“. “Não há nenhum indício de atividade ilícita por parte do senador” afirmou Simonetti.
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