A produção da indústria brasileira registrou uma queda de 0,3% em fevereiro. Este é o segundo mês consecutivo de declínio, após um desempenho de -1,5% em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3) no Rio de Janeiro.

Apesar das duas quedas consecutivas, a indústria nacional apresenta um crescimento de 1% no acumulado dos últimos 12 meses. Em janeiro de 2024, esse crescimento anual era de 0,4%.

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O nível atual da produção industrial brasileira está 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020 e 17,7% menor do que o pico alcançado em maio de 2011.

Atividades

Na comparação entre fevereiro e janeiro deste ano, dez dos 25 ramos industriais apresentaram redução na produção. Os setores de produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%) foram os mais afetados negativamente.

Por outro lado, os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) apresentaram os maiores impactos positivos.

No âmbito das grandes categorias econômicas, o setor de bens intermediários foi o único a registrar uma queda de 1,2% entre os quatro grupos pesquisados.

Os setores de bens de consumo duráveis (3,6%), bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) registraram crescimento na produção.

Na comparação entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2023, houve um aumento de 5%. Esta foi a sétima alta consecutiva e a mais expressiva desde junho de 2021. O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que o resultado foi influenciado pela baixa base de comparação e pelo efeito do calendário, já que fevereiro de 2024 teve um dia útil a mais do que fevereiro de 2023.

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