A Petrobras divulgou hoje (9) que encontrou uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar. A descoberta foi feita no poço exploratório Anhangá, localizado próximo à divisa entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial brasileira. A acumulação foi encontrada a uma profundidade de 2.196 metros e cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.


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Esta não é a primeira descoberta de petróleo feita pela Petrobras na Bacia Potiguar este ano. A empresa já havia confirmado a presença de petróleo no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km de Anhangá. “Essas descobertas ainda precisam de avaliações adicionais. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e possui 100% de participação”, informou a empresa em comunicado.

A exploração de petróleo na Margem Equatorial tem gerado preocupações entre grupos ambientalistas, que temem impactos na biodiversidade. No entanto, os poços Anhangá e Pitu Oeste estão distantes da foz do Rio Amazonas, considerada uma região mais sensível.

A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro de Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando diversas bacias hidrográficas. A Petrobras prevê investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas na região até 2028, com a perfuração de 16 poços ao longo desses quatro anos.

O Ibama negou o pedido da Petrobras para perfuração no bloco FZA-M-59, localizado na bacia da Foz do Amazonas, no ano passado. A empresa fez um novo pedido, ainda aguardando resposta. Já as perfurações em Pitu Oeste e Anhangá, na Bacia Potiguar, receberam licença de operação do Ibama.

A Petrobras destacou que a perfuração em Anhangá foi realizada sem incidentes, reafirmando seu compromisso com a segurança e o meio ambiente. Com um histórico de 3 mil poços perfurados em águas profundas e ultraprofundas, a empresa confirma sua capacidade técnica para operar com segurança.

“A exploração na Margem Equatorial faz parte do compromisso da Petrobras em buscar reservas e desenvolver novas fronteiras exploratórias, garantindo o suprimento global de energia durante a transição energética”, acrescenta o texto.

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