As declarações foram dadas pelo presidente brasileiro durante coletiva de imprensa realizada em Buenos Aires, na Argentina, ao lado do presidente Alberto Fernández. De acordo com Lula, a Venezuela “vai voltar a ser tratada normalmente, como todos os países querem ser tratados”. “O que eu quero para o Brasil, eu quero para a Venezuela. Respeito a minha soberania e a autodeterminação do meu povo.”
“O Brasil vai restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela. Nós queremos que ela tenha embaixada no Brasil e que o Brasil tenha embaixada na Venezuela. Vamos restabelecer a relação civilizada entre dois estados autônomos, livres e independentes”, afirmou Lula.
O ditador e presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recuou e cancelou o encontro com Lula, informou o governo. A reunião estava prevista para ocorrer às 16h desta segunda-feira (23), em Buenos Aires, na Argentina. Mais cedo, a agenda oficial da Presidência da República do Brasil havia confirmado o encontro. O governo federal vinha articulando o encontro entre Lula e Maduro durante a 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O Brasil retornou ao bloco, composto de 32 países, dois anos após a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ter se retirado da organização.
Recentemente, o governo federal iniciou o processo para reabrir a Embaixada do Brasil na Venezuela, fechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A missão é liderada pelo embaixador Flávio Macieira.
“O envio da missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais, para permitir a retomada de tratativas com o governo venezuelano sobre os diversos temas que compõem a agenda entre os dois países”, diz o Itamaraty.
“O diálogo com a Venezuela, país com o qual o Brasil compartilha laços históricos de amizade e de cooperação, além de extensa fronteira, é fundamental não apenas para o adequado seguimento da pauta bilateral, mas também para a revitalização da integração”, completa.