O autodeclarado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó, convocou novas manifestações pacíficas para o próximo sábado (4), com o objetivo de pedir ao Exército, frente as bases militares, que deixem de apoiar o ditador Nicolás Maduro.
DECLARAÇÕES
Em sua conta no Twitter, Guaidó escreveu: “Sábado, dia 4: mobilização pacífica nacional nas principais unidades militares para que se juntem à Constituição”.
“Convoco todos os setores do país a pronunciar-se e a exigir o fim da usurpação, a ação constitucional das Forças Armadas, a sua participação na Operação Liberdade e a organizar e realizar um dia de greve ou protesto setorial durante a próxima semana”.
“Continuar nas ruas é a única maneira de manter a atenção, pressão e ação da comunidade internacional, impulsionar a ação constitucional das Forças Armadas e demonstrar a quem ainda apoia o ditador que não haverá estabilidade enquanto a usurpação continuar”, acrescentou.
Guaidó destacou, no entanto, a importância de que essas manifestações sejam pacíficas. “Peço a todos que mantenham o caráter massivo e pacífico dos protestos e que não coloquem a vida em risco”.
PRISÃO
A ANC (Assembleia Nacional Constituinte) da Venezuela, fiel ao presidente Nicolás Maduro, aprovou na noite da última terça-feira a revogação da imunidade parlamentar do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, medida que abre caminho para uma eventual prisão.
A decisão havia sido pedida pelo TSJ (Tribunal Supremo de Justiça), também fiel ao chavismo, que acusa o líder da oposição de violar uma determinação judicial que o impedia de sair do país – Guaidó cruzou a fronteira com a Colômbia e fez um giro pela América do Sul em fevereiro passado.
O presidente da ANC, Diosdado Cabello, disse que está “autorizada formalmente” a continuação do processo contra Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e tem sua legitimidade reconhecida por mais de 50 países, incluindo Brasil e Estados Unidos.
“Se querem avançar, que o façam, mas assumam as consequências. Quero saber quem, nas Forças Armadas ou nos organismos de segurança, vai se prestar a sequestrar o presidente”, disse Guaidó.
Edição: Adriano Santos/Politizei
*Com informações da RTP (emissora pública de televisão de Portugal)