O governador do Pará Helder Barbalho (MDB), é alvo de buscas da Polícia Federal em uma operação que investiga supostos desvios em contratos para a gestão de hospitais do estado. Dois secretários e um assessor do governador foram presos:
- Parsifal de Jesus Pontes – secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil
- Antonio de Padua – Secretário de Transportes
- Leonardo Maia Nascimento – assessor de gabinete
Em nota, o governo do Pará disse que apoia qualquer investigação que busque proteger o dinheiro público.
Segundo a PF, a investigação, batizada de Operação S.O.S, mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do estado desde 2019, inclusive os hospitais de campanha criados por conta da pandemia do coronavírus.
A suspeita é que os contratos, que somam R$ 1,2 bilhão, sejam irregulares, segundo o Ministério Público Federal. Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Foram expedidos 74 mandados de prisão, 12 deles pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e 62 pelas Varas de Birigui e Penápolis, cidades do interior de São Paulo; e 278 de buscas.
Os mandados do STJ foram pedidos pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e expedidos pelo ministro Francisco Falcão.
Além dos 3 detidos, são alvos de mandados de prisão:
- Peter Cassol de Oliveira, ex-secretário-adjunto de gestão administrativa de Saúde,
- Nicolas André Tsontakis Morais
- Nicholas André Silva Freire
- Cleudson Garcia Montali
- Regis Soares Pauletti
- Adriano Fraga Troian
- Gilberto Torres Alves Junior
- Raphael Valle Coca Moralis
- Edson Araújo Rodrigues
- Valdecir Lutz
Além de Pará e São Paulo, mandados foram cumpridos em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. A Controladoria-Geral da União (CGU), e o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo participaram da operação.