O jornalista Wael Al-Dahdouh, de 53 anos, viveu uma tragédia pessoal durante um bombardeio israelense em que sua esposa, dois filhos e neto foram assassinados. Ele também perdeu o filho mais velho, Hamza Dahdouh, de 27 anos, que era jornalista. Mesmo após essa tragédia, Wael voltou ao trabalho e se tornou um símbolo da resiliência do povo palestino.
Atualmente, Wael está se recuperando em Doha, no Catar, de ferimentos causados por um ataque israelense que também vitimou outro jornalista. Ele destacou a importância de denunciar a situação vivida pelos jornalistas em Gaza e a dificuldade de realizar o trabalho jornalístico em meio ao conflito.
A Federação Internacional dos Jornalistas registrou 96 jornalistas palestinos assassinados desde o início do conflito, o que evidencia a grave situação enfrentada pela imprensa na região. Wael ressaltou a importância de os veículos de imprensa denunciarem os ataques contra os profissionais de imprensa em Gaza.
Ele também comentou sobre as condições de trabalho na Faixa de Gaza, destacando os desafios enfrentados pelos jornalistas, como ataques diretos, corte de eletricidade e falta de moradia. Além disso, Wael falou sobre a cobertura internacional do conflito, destacando a importância da objetividade e profissionalismo na divulgação dos fatos.
Quanto à comparação feita pelo presidente Lula entre a situação de Gaza e o Holocausto judeu, Wael avaliou que reflete a realidade da região e o cumprimento do direito internacional. Ele descreveu a destruição e miséria humanas causadas pelos ataques em Gaza, ressaltando a necessidade de proteção dos civis e cumprimento das leis humanitárias internacionais.
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