A última atualização da Classificação Integrada da Segurança Alimentar (IPC) revelou que a “fome catastrófica” pode atingir 1,1 milhão de habitantes em Gaza de março a julho de 2024, equivalendo a metade da população local. Esses dados foram divulgados em um relatório recente, publicado na segunda-feira (18).

O relatório anterior do IPC, lançado em dezembro de 2023, já alertava que 677 mil pessoas, representando 30% da população de Gaza, estariam em situação crítica de fome entre fevereiro e março de 2024.

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Além disso, o último estudo do IPC indicou um aumento na desnutrição aguda em crianças de 6 a 23 meses de idade, passando de 16,2% para 29,2% entre janeiro e fevereiro deste ano.

O chefe da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, ao comentar o relatório, denunciou as restrições de acesso a Gaza e fez um apelo pela abertura das passagens.

A classificação IPC, apoiada pela ONU, avalia diferentes níveis de insegurança alimentar, variando da fase 1 à fase 5, que representa a extrema falta de alimentos.

A região mais crítica é o Norte de Gaza, onde 70% da população está em risco de “fome catastrófica”. A situação se agrava com a escassez de alimentos e a redução no fornecimento humanitário.

O governo brasileiro tem manifestado preocupação com o bloqueio de ajuda humanitária em Gaza, condenando as práticas que violam o direito internacional. Enquanto Israel nega acusações de genocídio, promete continuar suas ações militares na região.

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