Os parlamentares da Gâmbia votaram para revogar a proibição da mutilação genital feminina, gerando preocupações de que outros países possam seguir o mesmo caminho. Em uma votação na Assembleia Nacional da Gâmbia, 42 dos 47 membros presentes votaram a favor de um projeto de lei para reverter a proibição da prática milenar, que está ligada a ideias de pureza sexual, obediência e controle.

Se aprovado, a Gâmbia se tornará o primeiro país no mundo a revogar as proteções contra a mutilação genital feminina. A prática é amplamente reconhecida como uma grave violação dos direitos humanos e está associada a sérios problemas de saúde e até mesmo morte nos países onde é praticada.

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A proibição da mutilação genital foi implementada em 2015 na Gâmbia, mas não foi totalmente aplicada até o ano passado. O banimento da prática foi liderado por um imã influente no país de maioria muçulmana, que argumenta que a mutilação é uma obrigação religiosa e cultural.

Apesar da oposição de ativistas e defensores dos direitos das mulheres, a revogação da proibição está avançando no Parlamento, com consequências potencialmente devastadoras para as mulheres e meninas da Gâmbia. A prática tem diferentes formas e é comum em muitas partes da África, Ásia e Oriente Médio, afetando milhões de mulheres e meninas em todo o mundo.

A revogação da proibição também levanta preocupações sobre a falta de vontade do governo em proteger os direitos das mulheres e a crescente influência de líderes religiosos que defendem a prática. Apesar dos desafios, ativistas como Fatou Baldeh continuam a lutar contra a mutilação genital feminina e a defender os direitos das mulheres na Gâmbia.

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