Um estudo recente publicado na Nature Food destacou que mais de 80% dos subsídios da Política Agrícola Comum da União Europeia são destinados à produção animal, resultando em menos investimento no cultivo de plantas. Isso impacta negativamente na transição alimentar, tornando as dietas menos sustentáveis.

Os investimentos da PAC favorecem os produtos de origem animal, utilizando 82% dos subsídios agrícolas da UE. A criação de gado ocupa mais espaço e consome recursos de forma ineficiente, contribuindo para a degradação ambiental.

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Para produzir a mesma quantidade de proteína, a carne bovina requer significativamente mais recursos do que nozes e grãos. Além disso, os alimentos de origem animal são responsáveis por uma grande parcela das emissões de gases de efeito estufa na produção de alimentos da UE.

O estudo também revela que uma grande parte dos subsídios da UE é destinada a produtos exportados para fora do bloco, o que evidencia a necessidade de repensar as práticas agrícolas.

Diante desses resultados, especialistas alertam para a urgência de uma transição para dietas mais saudáveis e sustentáveis. A reforma da PAC para os próximos anos pretende direcionar uma parcela dos pagamentos diretos para práticas agrícolas ambientalmente amigáveis.

No entanto, a implementação de políticas verdes tem sido recebida com resistência pelos agricultores, que recentemente protestaram contra as novas regulamentações. A questão ganha ainda mais destaque com a recusa de alguns países em apoiar legislações para a restauração da natureza e as prorrogações de obrigações para os agricultores receberem os subsídios.

Este estudo sublinha a importância de repensar os investimentos na agricultura e promover práticas mais sustentáveis para garantir a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente na UE.

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