Viktor Savvinov, condenado por crimes como roubo, furto de veículos e agressão, foi sentenciado a 11 anos de prisão em uma colônia de segurança máxima na região siberiana de Yakutia. Após servir, ele retornou à sua vila natal e cometeu novos crimes, causando preocupações sobre a prática russa de recrutar condenados para lutar na Ucrânia.
A prática de recrutar ex-presidiários tem gerado repercussões trágicas, com relatos de novos crimes cometidos por veteranos de guerra. Em 2023, pelo menos 190 casos criminais foram abertos contra recrutas do grupo Wagner, resultando em crimes como assassinato, tentativa de assassinato, estupro e roubo.
Apesar dos problemas causados por esses veteranos, o Kremlin parece estar mantendo a política de recrutar condenados. A nova lei assinada por Vladimir Putin estabelece critérios claros para a concessão de perdões a ex-presidiários que serviram na Ucrânia. No entanto, crimes como terrorismo e espionagem não são elegíveis para perdão.
Essa prática levanta preocupações nas comunidades afetadas pelos crimes dos veteranos, que muitas vezes retornam exibindo um comportamento arrogante e perigoso. Alguns acabam cometendo atos chocantes, como estrangulamento, estupro e assassinato.
A impunidade desses veteranos tem levado a críticas em relação ao sistema de justiça, com advogados apontando a lentidão das investigações e a falta de transparência nas concessões de perdão. A sociedade russa enfrenta um desafio em lidar com os impactos desses veteranos de guerra que retornam para casa sem um efetivo processo de reabilitação.
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