Por meio de uma combinação única de trabalho de campo tradicional e modelagem computacional sofisticada, cientistas na Suécia encontraram uma maneira de rastrear um único feixe de madeira até a floresta na Europa de onde ela se originou. O novo método descrito em um artigo recente na revista Nature Plants poderia ajudar a reduzir significativamente a venda de madeira russa, que é proibida na União Europeia devido à guerra na Ucrânia. No entanto, a demanda crescente por bétula, carvalho, pinho e outros tipos de madeira da Rússia ainda está encontrando compradores europeus.

No mês passado, a abordagem inovadora foi usada para identificar grandes remessas ilegais de madeira russa na Bélgica. Os pesquisadores coletaram amostras de madeira de 11 países da Europa Oriental e utilizaram um modelo alimentado por machine learning para prever a origem geográfica das amostras, identificando 60% das amostras com país de origem errado e conseguindo estreitar a origem da madeira para um raio de aproximadamente 125 milhas.

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O novo estudo analisou a composição química de 900 amostras de madeira coletadas, criando uma “assinatura química” única para cada amostra. Essas informações, combinadas com poder computacional avançado, permitiram a criação de um modelo espacial capaz de estimar perfis químicos para vastas extensões de floresta na Europa Oriental.

Essa abordagem pioneira pode ser aplicada em diversos setores, como alimentos e produtos agrícolas, ajudando a rastrear produtos ilegalmente colhidos e comercializados em todo o mundo. Além disso, mostra como avanços computacionais estão possibilitando que pesquisadores interpretem grandes volumes de dados de forma significativa em diversas áreas.

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