Os reguladores federais aprovaram na segunda-feira mudanças abrangentes na forma como as redes elétricas da América são planejadas e financiadas, em uma medida que visa estimular milhares de quilômetros de novas linhas de transmissão de alta voltagem e facilitar a adição de mais energia eólica e solar.

A nova regra da Comissão Federal de Regulamentação de Energia, que supervisiona a transmissão interestadual de eletricidade, é a tentativa mais significativa em anos de atualizar e expandir a obsoleta rede elétrica do país. Especialistas alertam que não há quase linhas de transmissão de alta voltagem sendo construídas hoje, colocando o país em maior risco de apagões devido a condições climáticas extremas, ao mesmo tempo que torna mais difícil a transição para fontes renováveis de energia e lidar com o aumento da demanda por eletricidade.

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Uma grande razão para o ritmo lento da expansão da rede é que os operadores raramente planejam a longo prazo, afirmou a comissão.

A nova regra federal, que levou dois anos para ser desenvolvida, exige que os operadores de rede em todo o país identifiquem as necessidades para os próximos 20 anos, levando em consideração fatores como mudanças na matriz energética, o crescente número de estados que exigem energia eólica e solar, e os riscos de condições climáticas extremas.

Os planejadores de rede teriam que avaliar os benefícios das novas linhas de transmissão, como se reduziriam os custos de eletricidade ou reduziriam o risco de apagões, e desenvolver métodos para dividir os custos dessas linhas entre clientes e negócios.

“A rede de nosso país está sendo testada de formas que nunca vimos antes. Sem uma ação significativa agora, não poderemos manter as luzes acesas diante do aumento da demanda, das condições climáticas extremas e das novas tecnologias”, disse Willie Phillips, presidente da comissão de energia.

A comissão aprovou a regra por votação de 2-1, com os dois comissários democratas a favor e o único republicano, Mark Christie, contra. Christie afirmou que a regra permitiria que os estados que desejam mais energias renováveis repassassem injustamente os custos das atualizações necessárias da rede para seus vizinhos.

“Esta regra falha totalmente em proteger os consumidores”, disse Christie. Ele afirmou que “foi destinada a facilitar uma transferência massiva de riqueza dos consumidores para interesses especiais com fins lucrativos, particularmente desenvolvedores de energia eólica e solar”. A eficácia da nova regra ainda está por ser vista, pois dependerá de como os operadores de rede a implementarão.

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