O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, renunciou nesta segunda-feira (10). Ministros de seu governo estavam abandonando seus postos em consequência da megaexplosão no porto de Beirute, na semana passada, e em meio a uma onda de protestos que começou no fim de semana.

Pouco antes do anúncio, ele afirmou que a explosão foi resultado de corrupção endêmica no governo. Em um discurso curto transmitido pela TV, ele afirmou que vai dar “um passo para trás para poder estar com o povo e lutar por mudanças junto com as pessoas“.

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Eu declaro hoje a renúncia deste governo. Que Deus proteja o Líbano“. – Hassan Diab

O presidente do país, Michel Aoun, aceitou o pedido de demissão do premiê libanês mas anunciou, em um pronunciamento televisionado, ter pedido a Diab que seguisse trabalhando de maneira interina até a formação de um novo governo.

A renúncia foi anunciada em mais um dia de protestos no Líbano, enquanto manifestantes que faziam ato no centro revitalizado de Beirute atiravam pedras em agentes de segurança que tentavam proteger a entrada do Parlamento. As forças do estado respondiam ao protesto com gás lacrimogêneo.

No fim de semana, moradores da capital do país começaram a protestar contra o governo. Diab enfrentou pressão crescente para deixar o cargo. Ele havia dito, no sábado, que solicitaria eleições parlamentares antecipadas.

Ao total, três ministros do governo já deixaram os seus postos após o acidente.

Os ministros da Educação e do Meio Ambiente, Manal Abdel Samad e Damianos Kattar, respectivamente, deixaram o cargo no último domingo. Já a ministra da Justiça, Marie-Claude Najm, juntamente com vários legisladores anunciou suas saída nesta segunda-feira.

Segundo o presidente do Líbano, Michel Aoun, os explosivos foram armazenados por anos no porto da cidade. Ainda de acordo com Aoun, uma investigação será feita para apurar se houve uma interferência externa, negligência ou acidente.

Em mensagem de apoio, publicada no Twitter, na tarde desta segunda, o secretário-geral da Organizações das Nações Unidas (Onu), Antônio Guterres, demonstrou o seu apoio ao país.

“O Líbano é resiliente. O Líbano tem um espírito e uma vontade imensos. E o Líbano não está sozinho. A ONU estará com o Líbano para ajudar e a aliviar o sofrimento imediato e apoiar a recuperação”, escreveu Guterres.

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