AMAZONAS– A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) está analisando o Projeto de Lei (PL) nº 1.313/2023, proposto pela deputada Joana Darc (União Brasil), que visa incluir a Educação Climática no programa de ensino das escolas públicas do estado. A proposta sugere abordar a temática de forma transversal multidisciplinar, integrando-a às diversas disciplinas da grade curricular.
A Educação Climática proposta pelo PL busca proporcionar aos alunos a construção de valores sociais, conhecimentos, atitudes, habilidades e competências relacionados às ações de prevenção, mitigação, adaptação e resiliência diante das mudanças climáticas. A deputada Joana Darc destaca a relevância de incluir esse tema, especialmente após eventos climáticos significativos no Amazonas e no mundo.
“Tivemos uma seca histórica em 2023, e as possíveis causas precisam ser debatidas dentro de sala de aula. A estiagem ocorre anualmente em nosso estado, mas as últimas foram fortemente influenciadas pelas crises climáticas globais. A Educação Climática seria uma solução para ensinar as próximas gerações a lidar e amenizar esse problema”, ressaltou a parlamentar.
O desenvolvimento da Educação Climática abrangerá temas como aquecimento global, geopolítica e clima, mudanças do clima, fauna e flora locais, sustentabilidade, biodiversidade e alterações ambientais, entre outros, conforme descrito no texto da propositura.
Caso aprovada na Aleam e sancionada pelo Governo do Amazonas, a integridade da biosfera, poluição, impactos no clima, história dos movimentos climáticos, ambientalismo e práticas sustentáveis também serão incorporados à grade curricular das escolas.
Joana Darc destaca a importância da capacitação dos profissionais de educação para garantir um processo de ensino-aprendizagem alinhado aos temas contemporâneos e urgentes. A proposta ainda prevê a realização de palestras e atividades externas, permitindo que escolas recebam especialistas e promovam experiências de campo para proporcionar maior contato com o meio ambiente.
A propositura destaca ainda a possibilidade de as unidades de ensino incluírem atividades internas, como a manutenção de hortas escolares com princípios agroflorestais, cisternas para captar água da chuva, composteiras e a gestão eficiente dos resíduos sólidos.