A situação dos hospitais na Faixa de Gaza está se agravando a cada dia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apenas 10 dos 36 hospitais da região estão funcionando de forma parcial, com escassez de medicamentos, combustível e pessoal.

Nos últimos dias, o ataque de Israel ao hospital Al Shifa reduziu ainda mais a capacidade de atendimento aos feridos na região. A OMS está exigindo o fim dos ataques aos hospitais em Gaza e apelando pela proteção do pessoal da saúde.

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O médico voluntário francês Pascoal André, que trabalhou no Hospital Europeu em Khan Yunis, no sul de Gaza, relatou em entrevista os desafios de trabalhar em um hospital na região. Ele destacou a falta de recursos, a exaustão das equipes médicas e a dificuldade de triagem dos pacientes.

Pascoal também mencionou a inação dos países europeus diante dos relatos de horror em Gaza. Ele ressaltou a importância de dar voz aos médicos palestinos e denunciar a situação humanitária crítica na região.

Em relação às acusações de Israel sobre o uso dos hospitais para atividades militares pelo Hamas, Pascoal negou ter presenciado qualquer atividade desse tipo durante sua estadia no Hospital Europeu.

A situação de fome em Khan Yunis foi outro ponto abordado na entrevista, com Pascoal relatando a dificuldade de encontrar comida na região e os casos de desnutrição em bebês e pacientes.

O médico expressou sua intenção de retornar a Gaza em junho para continuar ajudando e dando voz aos palestinos, mesmo ciente dos desafios e perigos envolvidos.

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