Michael Cohen descreveu um acordo de silêncio

Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, voltou ao tribunal ontem para enfrentar advogados do escritório do promotor do distrito de Manhattan, bem como a equipe jurídica de Donald Trump, no caso contra o ex-presidente.

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Cohen disse aos jurados que ele recebia cheques mensais – a maioria com a assinatura do ex-presidente – que pretendiam ser parte de um acordo legal de “retenção”, mas que na verdade eram reembolsos pelo dinheiro para silenciar o escândalo com a estrela pornô Stormy Daniels, que alegava ter tido um relacionamento sexual com Trump. O testemunho de Cohen foi o primeiro e único relato pessoal que ligava Trump aos documentos cruciais do caso.

Em uma série de perguntas, os advogados de Trump tentaram retratar Cohen como oportunista. O principal advogado de Trump, Todd Blanche, pressionou Cohen sobre suas postagens nas redes sociais, seus esforços para lucrar com sua disputa com o ex-presidente, seu próprio histórico criminal e seu desejo de ver Trump atrás das grades.

Análise: A defesa parecia estar tentando retratar Cohen como, “essencialmente, o perseguidor de Trump,” escreveu minha colega Maggie Haberman – um homem que antes era obcecado pelo ex-presidente e agora estava igualmente obcecado por vingança.

O que vem a seguir: Os advogados de Trump indicaram que poderiam chamar uma testemunha especialista e que ainda não haviam decidido se chamariam o próprio Trump.

Outros detalhes: Em um golpe para Trump, um tribunal de apelações manteve a ordem de silêncio do juiz.

Rússia ampliou sua purga no Ministério da Defesa

Agentes de segurança russos detiveram o tenente-general Yuri Kuznetsov, um general sênior, cedo ontem sob acusação de suborno em “grande escala”, segundo o Comitê de Investigação da Rússia, uma agência federal de aplicação da lei. Sua prisão ocorreu dias depois que Vladimir Putin, o presidente russo, substituiu inesperadamente seu ministro da defesa de longa data, Sergei Shoigu.

Os promotores disseram que o General Kuznetsov recebeu um suborno de “interesses comerciais” entre 2021 e 2023, quando estava trabalhando na proteção de segredos de Estado. Os promotores afirmaram que os agentes de segurança descobriram dinheiro equivalente a US$ 1 milhão e itens de luxo durante uma busca em sua casa.

A ONU ajustou seu número de mortes em Gaza

A ONU começou a citar um número de mortes muito menor para mulheres e crianças em Gaza, reconhecendo que possui informações incompletas sobre as vítimas durante a guerra de Israel no território.

A organização agora cita 4.959 mulheres e 7.797 crianças mortas, em comparação com pelo menos 9.500 mulheres e 14.500 crianças no início deste mês. Embora o número total de vítimas – cerca de 35.000 – tenha permanecido amplamente o mesmo, um oficial da ONU disse que a organização aguardava mais informações identificadoras sobre cerca de 10.000 dos mortos, então eles não foram incluídos na nova contagem.

Contexto: A mudança ocorreu porque a ONU passou a citar uma fonte mais conservadora para seus números. A mudança adicionou combustível a um debate sobre a credibilidade dessas estatísticas, embora muitos oficiais e especialistas internacionais digam que os números são geralmente confiáveis.

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